UMA MULHER DILACERA O PATRIARCADO

- POEMAS DE VINGANÇA -

Ana Karina Luna
Lua Negra Cartonera, 2022
72 páginas / 37 poemas
Ilustrado c/ 12 Mulheres Cósmicas
ISBN: 978-65-00-56691-8

Artesanal: feito à mão.
(cada livro é levemente diferente, um original)

Sinopse | Fotos | Trecho

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O desejo da delação

Poemas de vingança investem-se contra uma cultura baseada na “lei do pai”, deixando correr solta e leviana a raiva do feminino diante da despotência que este “pai” lhe impõe — atira-lhe de volta irônicas, cômicas ou cáusticas acusações a tudo o que é fálico, seja de que gênero for. Tendo como contexto o ambiente de uma cultura quase completamente masculina, a raiva contida esconde, no fundo, sentimentos de dor e impotência, dos quais o eu lírico busca uma possível autolibertação; e a raiva ambiciona, talvez, assim virar coragem.

Este é um Livro Cartonero e uma publicação de uma editora independente nutrida por mulheres.

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Este livro também está disponível como Livro-Duplo:
De um lado a vontade de delação, e do outro, a impotência da submissão em "Adágios de Uma Escrava".


livro-duplo



Este livro foi feito à mão

Este é um Livro Cartonero, movimento latino-americano de escritorxs e editoras independentes que recicla papelão para produzir livros num modelo matrístico: sustentável e artesanal. Foi iniciado por catadoras de lixo na Argentina. A autora escolhe, coleta, desmembra e corta caixas que viram capas de papelão reciclado, ilustradas manualmente, assim como o foram os originais das delicadas geometrias que adornam certas páginas. Os livros são costurados um a um e numerados: cada, um original. Cartoneras “disrupcionam” a ordem de publicação e resgatam a autonomia da escritora.

Da criação literária, à ilustração, à produção artesanal, à publicação — tudo é forjado por uma mulher-autora-publicadeira em sua casa-atelier-templo. Boa leitura!

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Parindo
Uma Mulher Dilacera o Patriarcado
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Porém, hoje, — aqui sento-me e observo-te,
hoje, como uma gnoma perfeita em meu bosque,
com generosa jovialidade,
— não! com júbilo! — aguardo-te:
que ferroes o próprio rabo,
que decepes a própria língua,
que cegueta, percas o caminho,
e aches o desfiladeiro.


- trecho de "Uma Mulher Dilacera o Patriarcado"